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sábado, maio 21, 2005

Rosa Chá

Olha Maria / Eu bem te queria / Fazer uma presa / Da minha poesia / Mas hoje, Maria / Pra minha surpresa / Pra minha tristeza / Precisas partir

Parte, Maria / Que estás tão bonita / Que estás tão aflita / Pra me abandonar / Sinto, Maria / Que estás de visita / Teu corpo se agita / Querendo dançar

Parte, Maria / Que estás toda nua / Que a lua te chama / Que estás tão mulher / Arde, Maria / Na chama da lua / Maria cigana / Maria maré

Parte cantando / Maria fugindo / Contra a ventania / Brincando, dormindo / Num colo de serra / Num campo vazio / Num leito de rio / Nos braços do mar

Vai, alegria / Que a vida, Maria / Não passa de um dia / Não vou te prender / Corre, Maria / Que a vida não espera / É uma primavera / Não podes perder

Anda, Maria / Pois eu só teria / A minha agonia / Pra te oferecer.


Olha Maria, de Chico Buarque,
por Fafá de Belém, em «Tanto Mar».
No Teatro-Auditório do Casino Estoril.


(...)


És bela, sim!... quando abres o colo e me deixas sair. Mais bela, sim!... quando és força mátria ausente da fúria. Quando és lei sem espada e sem açoite.

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