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terça-feira, fevereiro 08, 2005

Raiz Quadrada

Anda, então! Solta uma canoa na asa do tornozelo e arrasta-me ao longe. Como uma rede de malha aberta. Como um aluvião ao fundo. Temos penas e guizos, eu e tu. E o mesmo ressoar dos atabaques num fio de osso ao meio da cintura. E a mesma anca desprendida ao descompasso. Então vem!... Vem, sim. Veste-me de tintas e alça-me ao vôo. Rouba-me, que eu nem sempre lhes pertenço e ficas mais bela a cada vez que os desafias e suplantas... a cada vez que clamas ordens mátrias, poderes fêmeos... a cada vez que investes assim: vitoriosa, morena, raínha. Vem, sim. Vem e eu sigo-te uma vez mais. Como sempre. Como antes. Antes da capital, dos camarotes e das avenidas acesas. Sou como tu, sim: «da mesma luz, do mesmo amar».

... Que nenhum dedo que me tenhas visto corrido à pele te distraia daqui!


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