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segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Rede Vermelha

Sim... Um mundo no fim do mundo, sim!... Para expiar cansaços e depurar urbanidades... Um pouco de garoa fina no vento... um gosto de erva e o cheiro da jaboticaba pela manhã... Como antigamente.... E o silêncio. E ser outra vez sem mais ninguém. Nem mesmo tu.

Não é maldade, sabes?!... É só esta febre. Esta febre crónica: esta compulsão para um sossego mais aquém, um molejo de rede, um balanço de um corpo só, um ardor pela ausência branda de outras presenças dentro das horas. É esta febre que me escorrega de ti. Quando tiver ardido o bastante eu volto. Apesar de tudo, sei sempre qual a hora do regresso. Como os bezerros, nos confins do pasto.

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