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quarta-feira, fevereiro 09, 2005

«Acende a noite na Guanabara»

«Acende a noite na Guanabara, Meu Amor!...
Você me dá sorte, Meu Amor!
Você me dá sorte na vida!...
»

O Tempo?!... Ah, o Tempo!... Uma grandeza indolor. Um relance, talvez. Não, não sei o que seja. Quem sabe só isto que agora bebo em goles lânguidos: a luz trémula das velas, um reflexo cálido que dá nas missangas dos castiçais, a brisa quente que vem pela varanda rasgada, um certo marulhar dos carrilhões e as cores que puseste nas telas e agora escorrem um pouco por todos os lados: das paredes à toalha da mesa, dos fios chilenos do tapete às almofadas do sofá, da prega dos teus olhos à ruga do meu indicador. Eu não sei!... E (o que é pior) agrada-me não saber. Parece-te grave? Diz-me: parece-te assim tão demasiadamente grave?... Óptimo! Tanto melhor. Muito bom assim. Muito melhor.

«Acende a noite na Guanabara, Meu Amor!...
Você me dá sorte, Meu Amor!
Você me dá sorte na vida...
»

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