Meia-Noite ou «Meia Hora»
«Segunda-feira. Á meia-noite. Quando for meia-noite. Depois da saudade de ti. Sem um telefonema. Segunda-feira!... Quando for meia-noite. Estarei lá a dizer estou aqui.»... E eu recordo-me daquela outra cavalgada antiga, daquele meu tropel pela escadaria de pedra larga... «Meia-hora!», ela disse, meia-hora e uma vida, ela disse então. E eu desci. Galguei os degraus e desci. Sem precisar de gastar por inteiro os 30 minutos da meia-hora que me dava: só o tempo que ia do topo do edifício à porta do carro, parado em espera depois da esquina. Inevitáveis, as lembranças. Cruéis, os paralelos. Odioso este operar do raciocínio que assiste aos humanos e me faz concluir que (afinal), ainda hoje, ela perde para mim em destreza e rapidez!... Perde para mim na velocidade de reacção. E se ela continua a chamar a si os desafios, eu continuo a ganhar-lhe na prontidão disparada da resposta.
«Quando for meia-noite.», ela disse. Ela adora marcar encontros no tempo!... Céus, como ela adora prometer mais do que lhe cabe entre os dedos curtos das mãos pequenas!!...
(...)
Etiquetas: Senhora Sul BLG
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