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segunda-feira, novembro 08, 2004

Das Teorias da Interpretação

Sabes, eu sou muito pouco sem as minhas raivas. Sou muito menos. Mais débil, mais pequena, mais cansada. Qualquer coisa se esvai de mim. Lentamente. A cada dia que termina. Nas vezes a menos que os braços me ficaram por mover. Um tédio imenso sem fim à vista. Uma inércia progressivamente mais difícil de contrariar... tanto que me deixa exausta por nada e coisa nenhuma. É por isso que, sempre que o mundo respira aliviado com a minha calma, eu sei que a verdade é grave. E calo-me e não digo nada. Nem um único comentário. Para quê repetir que em mim a calma não é sossego, é dor?!... Para quê lembrar que é só mais uma forma de morrer devagarinho, este desalento sem reacção que se confunde com a serenidade das pessoas tranquilas... Para quê?!

Permaneço deitada. Absoluta ausência de vontades, em certo sentido apaziguadora. Presto-me atenção. Mais atenção. Talvez seja preciso... A verdade é grave, sim! Eu sei.

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1 Comments:

Blogger Silver said...

Olás Senhora do Sul. Compreendo perfeitamente o seu estado de alma actual. Passo por esses caminhos vezes sem fim. Aceite beijinho meu e veja se arranja umas raivas valentes que revolvam, com esses mesmos braços, essas águas mais paradas. Fique bem

9:13 da tarde  

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