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terça-feira, abril 05, 2005

Dupla Mente

Olho-te in loco e tento perceber que foi que restou de ti. Depois dos néons garridos que te roubaram a graça. Adiante da mescla acinzentada que primeiro te contaminou o cérebro e depois o coração. Diante de mim se desenha a mais perfeita metáfora de ti. Tu: somando perdas sucessivas, totalmente incapaz de fazer o balanço de perdas e danos. Tu: persistindo no racicínio falacioso das matemáticas básicas que sempre dividem em igual proporção a lógica guardada ao calculo das probabilidades. Tu: acreditando ter bem guardado o secreto trunfo que te há-de virar a sorte. Tu: tão perto e, no entanto, tão longe de mim, sem te dares conta que algo de irremediável se perdeu, apesar do tilintar que ainda sentes entre os dedos, quando enfias as mãos na algibeira.

(...)

Nenhuma surpresa afinal. Tudo "duplamente" previsível. Como sempre, como antes. E sabes?!... eu sabia que virias hoje. Porque pertences à raça dos que chegam de véspera para iludir o facto de não mais lhes pertencerem os dias.

Fiquemos então assim: a fazer de conta que a véspera substitui o dia e que o jogo é igual à vida.


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